Descubra 10 Fontes de Dinheiro Esquecidos
Você já pensou que pode ter dinheiro esquecido por aí, em seu nome, sem nem imaginar? Pois saiba que essa é a realidade de milhões de brasileiros. Segundo o Banco Central, há mais de R$8 bilhões em valores esquecidos à espera dos verdadeiros donos.
Esse dinheiro pode estar em contas encerradas, programas de fidelidade, consórcios, restituições de impostos, entre outros lugares improváveis. A boa notícia? Você pode consultar tudo isso de forma gratuita, online e usando apenas o seu CPF.
Muita gente se pergunta: “Se eu tivesse dinheiro esquecido, alguém já teria me avisado, né?” A verdade é que ninguém avisa. Os valores ficam guardados, silenciosos, esperando que o dono vá atrás. Se a pessoa não consulta dentro do prazo, o dinheiro pode prescrever ou retornar ao sistema financeiro.
Por isso, é essencial fazer uma varredura completa — e é exatamente isso que este artigo vai te ajudar a fazer.
Aqui você vai descobrir 10 lugares certeiros onde pode ter dinheiro parado no seu nome. Vamos explicar como funciona cada um, como fazer a consulta e como solicitar o resgate.
Prepare o CPF, acesse o computador ou celular, e venha comigo nessa jornada para recuperar o que é seu por direito. Afinal, dinheiro parado é oportunidade perdida — e ninguém quer deixar dinheiro para trás, não é mesmo?
1. Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central
O Sistema de Valores a Receber (SVR), criado e gerido pelo Banco Central, é a principal porta de entrada para encontrar dinheiro esquecido em instituições financeiras.
A plataforma reúne informações de bancos, cooperativas, consórcios, corretoras, financeiras e instituições de pagamento, centralizando valores que estão parados em contas encerradas, tarifas cobradas indevidamente, saldos inativos e muito mais.
Com o SVR, você pode verificar se tem valores esquecidos em apenas alguns cliques. Basta acessar o site oficial valores.bcb.gov.br, digitar seu CPF e data de nascimento, e o sistema informa se há ou não valores disponíveis.
Caso positivo, é necessário fazer login com a conta Gov.br (nível prata ou ouro) e confirmar a solicitação de resgate, que pode ser feita diretamente para a conta bancária atual do titular.
O SVR é 100% gratuito, seguro e auditado pelo próprio Banco Central. Uma vantagem enorme é que ele também inclui consórcios não resgatados, cotas de cooperativas, contas esquecidas de bancos digitais, entre outros valores que você nem imagina.
É por isso que colocamos o SVR como o primeiro item da lista — é o ponto de partida ideal para sua investigação.
2. FGTS de Empregos Antigos
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é outro lugar comum onde muitos trabalhadores têm dinheiro parado sem saber. Especialmente aqueles que já passaram por vários empregos com carteira assinada ao longo da vida, ou que mudaram de endereço ou banco e esqueceram de sacar os valores disponíveis.
Muitas vezes, após o fim do contrato, o trabalhador tem o direito de sacar o FGTS, mas por falta de informação ou problemas na época (como erro no número do PIS/PASEP, CPF, nome da mãe, etc.), o valor permanece na conta da Caixa Econômica Federal sem ser retirado.
Com o tempo, esses valores vão rendendo juros e atualização monetária, e podem se transformar em uma boa surpresa no orçamento.
Para verificar se há saldo em contas inativas, basta acessar o aplicativo FGTS da Caixa, digitar seu CPF e fazer login com a conta Gov.br.
Você verá o saldo disponível e poderá solicitar o saque se estiver enquadrado em alguma das regras de retirada, como demissão sem justa causa, aposentadoria, doença grave, compra da casa própria ou saque-aniversário.
3. Restituição do Imposto de Renda Não Sacada
Você fez a declaração do Imposto de Renda, teve direito à restituição, mas não sacou? Isso acontece mais do que você imagina.
Em muitos casos, a restituição é liberada, mas o dinheiro volta para a Receita Federal porque a conta informada foi encerrada, houve erro de digitação ou o contribuinte simplesmente esqueceu de conferir o status do pagamento.
A Receita mantém os valores por até cinco anos, e depois eles voltam para os cofres públicos. Ou seja, se você deixou passar, ainda dá tempo de recuperar. Para consultar, acesse o portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) com o seu CPF e senha do Gov.br, vá até a aba “Meu Imposto de Renda” e verifique o status das últimas declarações.
Se houver valores disponíveis, você pode solicitar a restituição diretamente por lá.
Essa é uma fonte importante, especialmente para quem costuma retificar declarações antigas ou caiu na malha fina e regularizou depois.
Muita gente pensa que, ao corrigir, o dinheiro entra automaticamente — mas não é sempre assim. Por isso, não custa nada verificar. Pode ser que haja R$ 200, R$ 1.000 ou até mais te esperando.
4. PIS/PASEP Não Sacado
Trabalhadores que tiveram carteira assinada entre 1971 e 1988 podem ter cotas de PIS/PASEP não sacadas até hoje. Esses valores foram depositados pelos empregadores em fundos administrados pela Caixa Econômica Federal (PIS) e pelo Banco do Brasil (PASEP), e muitos trabalhadores — ou seus herdeiros — sequer sabem que têm esse direito.
A consulta é simples: basta acessar o site ou app da Caixa (no caso do PIS) ou do Banco do Brasil (para o PASEP), informar o CPF e verificar se há saldo.
Caso a pessoa tenha falecido, os herdeiros podem resgatar o valor com apresentação dos documentos necessários, como certidão de óbito, inventário ou alvará judicial.
Esse dinheiro é frequentemente esquecido porque foi depositado há décadas, e os sistemas da época não notificavam os beneficiários de forma eficaz. Muitas dessas cotas rendem juros até hoje, o que significa que o valor pode ser bem maior do que se imagina.
5. Planos de Saúde – Reembolsos Não Solicitados
Você já pagou por um exame, consulta ou cirurgia do próprio bolso e não solicitou reembolso ao plano de saúde? Isso é mais comum do que parece. Milhares de beneficiários deixam de pedir reembolso por desconhecimento das regras ou por acharem que não vale a pena, e acabam perdendo valores que poderiam ser recuperados.
O reembolso é um direito garantido sempre que o beneficiário realiza procedimentos fora da rede credenciada, especialmente em situações de urgência ou quando o plano não oferece atendimento na região. Dependendo do plano, também é possível pedir reembolso de medicamentos, terapias, e até diferenças de coparticipação cobradas indevidamente.
Para verificar se você tem valores a receber, acesse o site da sua operadora de saúde, entre na aba de reembolsos, e veja o histórico. Em muitos casos, os próprios atendentes podem ajudar a conferir se há reembolsos pendentes, desde que você tenha CPF e documentos médicos básicos.
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6. Contas Bancárias Encerradas com Saldo Residual
Você já teve conta em um banco que não usa mais? Se sim, pode ser que tenha deixado um saldo residual, mesmo que pequeno.
Quando uma conta é encerrada, o banco pode manter valores por um tempo antes de transferi-los para o Banco Central — e aí entra o SVR. Mas enquanto isso não acontece, o banco ainda pode ter dinheiro em seu nome.
Esses valores vêm de tarifas cobradas indevidamente, estornos pendentes, rendimento de aplicações automáticas, ou até pagamentos atrasados que caíram depois do fechamento da conta.
Para consultar, entre em contato com os bancos onde você já teve conta e solicite uma verificação do CPF no histórico interno. Muitos bancos possuem sistemas integrados e conseguem identificar valores esquecidos mesmo de contas muito antigas.
7. Depósitos Judiciais Não Resgatados
Se você já participou de um processo judicial (como trabalhador, consumidor, herdeiro, credor ou réu) e ganhou a causa, pode ter valores depositados judicialmente que nunca foram sacados. Isso vale para ações na Justiça do Trabalho, cível, federal ou estadual.
Após o término do processo, o juiz determina o valor a ser pago, que fica depositado em conta vinculada ao processo, aguardando solicitação de retirada.
Muitas pessoas simplesmente não são informadas ou não retornam ao fórum para finalizar o levantamento do valor.
Para verificar, acesse o site do Tribunal de Justiça do seu estado, o TRT (Justiça do Trabalho) ou o TRF (Justiça Federal). Com o número do processo ou o CPF, você pode ver se há alvarás disponíveis ou valores aguardando liberação.
8. Restituições de Tributos Estaduais e Municipais
Pagou IPVA a mais? Teve duplicidade no ISS ou IPTU? Cobranças indevidas em taxas estaduais e municipais podem gerar valores que ficam disponíveis para restituição, e muita gente sequer imagina que isso existe.
As Secretarias da Fazenda dos estados e as prefeituras mantêm sistemas onde é possível consultar, com o CPF, se há créditos a receber. Isso pode acontecer por erro de sistema, pagamento indevido, cancelamento de veículos, isenção retroativa ou revisão de alíquotas.
Para consultar, entre no site da Sefaz do seu estado e procure pela opção de “valores a restituir” ou “créditos tributários”. Nas prefeituras, o caminho é parecido: acesse o portal da sua cidade, entre na aba de tributos ou finanças, e faça a busca pelo CPF.
9. Programas de Fidelidade e Cashback
Se você já usou cartões de crédito, apps de delivery, bancos digitais, postos de gasolina ou sites de compras, provavelmente participou de algum programa de pontos ou cashback. O problema? Muitas vezes os pontos expiram, o cashback fica preso e você esquece de resgatar.
A maioria dos programas permite converter os pontos em dinheiro, passagens, produtos ou desconto na fatura. Basta acessar o app do banco, o site da plataforma (como Ame Digital, PicPay, Meliuz, Shell Box, etc.), e verificar se há saldo disponível.
Com a rotina corrida, é fácil esquecer de entrar e conferir. Mas, em alguns casos, você pode ter R$50, R$100 ou até mais, esperando para ser transferido para sua conta ou usado como desconto em compras futuras.
10. Seguros Não Resgatados
Você já contratou algum seguro e cancelou antes do fim da vigência? Ou seu familiar faleceu e tinha seguro de vida, automóvel ou residencial? Pode ser que haja valores proporcionais a serem devolvidos, especialmente se o prêmio foi pago adiantado e não utilizado.
Muitas seguradoras não avisam sobre esse direito, mas o consumidor pode sim recuperar a parte do valor correspondente ao período não utilizado. Para consultar, entre em contato com a seguradora onde tinha contrato, informe o CPF e verifique se há valores não resgatados.
Se o titular faleceu, os beneficiários ou herdeiros legais podem solicitar com a documentação correta. Também é possível consultar no site da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), responsável por regular o setor no Brasil.

Conclusão
Depois de passar por essa verdadeira caçada ao tesouro, uma coisa fica clara: o dinheiro esquecido pode estar mais perto do que você imagina. Em contas encerradas, programas de fidelidade, impostos pagos a mais ou até processos judiciais, pode haver valores parados esperando apenas que você vá buscá-los.
E o melhor de tudo? Você não precisa de advogado, intermediários ou gastar um centavo sequer — tudo pode ser feito online, com segurança e apenas usando seu CPF.
Seja R$20, R$200 ou R$2.000, esse dinheiro é seu por direito. Não importa o valor, ele pode aliviar uma conta, compor uma reserva de emergência ou até realizar aquele plano que estava na gaveta.
Então, aproveite agora que você tem todas as ferramentas e informações e comece suas consultas hoje mesmo.
E lembre-se: compartilhe este conteúdo com amigos e familiares. Às vezes, aquele parente mais velho, um ex-colega ou até sua mãe pode ter dinheiro esperando por eles — e nem sonham com isso.
Não deixe o sistema engolir o que é seu. Vá atrás, consulte, recupere. Porque dinheiro parado é dinheiro perdido.
FAQs
- Posso consultar valores esquecidos de familiares falecidos?
Sim. Herdeiros diretos (cônjuges, filhos, irmãos, etc.) podem fazer a consulta e solicitar o resgate apresentando documentos como certidão de óbito, comprovante de parentesco e, em alguns casos, inventário ou alvará judicial. - É seguro fazer essas consultas com meu CPF?
Sim, desde que você acesse apenas sites oficiais, como o do Banco Central (valores.bcb.gov.br), Receita Federal, tribunais, bancos e operadoras. Nunca forneça seu CPF em sites desconhecidos ou enviados por e-mail ou WhatsApp. - Tem algum custo para consultar e resgatar valores esquecidos?
Nenhum. Todas as consultas e resgates são gratuitos. Qualquer site ou pessoa cobrando por isso está tentando aplicar um golpe. Desconfie de promessas de dinheiro fácil ou serviços “milagrosos”. - Quanto tempo leva para receber o valor depois da solicitação?
Depende da origem. No SVR do Banco Central, o valor é transferido em poucos dias após a solicitação. Em outros casos, como restituições de impostos ou seguros, pode levar de 7 a 30 dias úteis. - Como sei se estou incluído em ações judiciais coletivas que resultaram em indenizações?
Você pode pesquisar no site do Ministério Público, Procon, Defensoria Pública e portais de tribunais. Também vale acompanhar notícias sobre decisões que envolvam bancos, operadoras, planos de saúde e outras empresas onde você foi cliente.